sábado, 6 de setembro de 2008

SETEMBRO MÊS DA BIBLIA


O Mês da Bíblia teve origirem em 1947 quando a Liga de Estudos Bíblicos, LEB, organizou a primeira semana bíblica nacional. Participaram dos estudos, professores de Sagrada Escritura de diversos países. Das inúmeras propostas apresentadas, uma era de se criar o Dia da Bíblia.

A data escolhida foi o último domingo do mês de setembro, por ser mais próxima da comemoração de são Jerônimo (340-420). Ele é considerado um dos doutores da Igreja e possuidor de grande cultura literária e bíblica. Dedicou-se ao estudo da Bíblia a vida toda. Foi o responsável pela tradução da Bíblia para o latim, conhecida pelo nome de “Vulgata”, que significa “comum, usual”.

O Dia da Bíblia foi ganhando importância na vida da Igreja até ser incluído no Diretório Litúrgico. Ao passar dos anos, criou-se a Semana da Bíblia e, a partir de 1971, o Mês da Bíblia.
O objetivo desta celebração é aumentar a consciência de que a Bíblia — palavra de Deus ¬—, deve estar inserida na caminhada do povo, na vida pessoal e comunitária. O Mês da Bíblia é um tempo especial para se criar grupos de reflexão e assim nos ajudar a perceber que a palavra de Deus é eficaz na formação da comunidade (Isaías 55,10-11). Já se passaram muitos anos de experiência fecunda.Esse processo tem início com o levantamento de sugestões para a escolha do tema, que pode referir-se a um livro ou a um personagem bíblico do Antigo ou do Novo Testamento. A cada ano tem-se a possibilidade de percorrer pouco a pouco a Bíblia inteira. Nessa escolha, procura-se também dar continuidade à Campanha da Fraternidade ou a outro tema forte vivido pela Igreja naquele ano.

A dificuldade para ler e compreender a Sagrada Escritura está no fato de que a Bíblia não é um único livro, mas uma “pequena biblioteca” que veio sendo formada no decorrer do tempo e que foi sendo escrita através de aproximadamente uns mil e quinhentos anos.

Ao se lerem os escritos bíblicos, entra-se em um mundo diferente do nosso, com pessoas que viveram muito antes de nós, o Oriente, com cultura e pensamentos próprios, com modos peculiares de sentir e narrar as coisas. Além disso, cada escritor teve sua influência pessoal, seu modo de ver, seu caráter, seu temperamento.

O segredo para se entender um livro da Bíblia está em lê-lo em sua perspectiva histórica:
• antes de tudo, levar em consideração sua situação na história da revelação;
• depois, conhecer o ambiente cultural, político, social e religioso em que foi escrito;
• finalmente, penetrar na personalidade do autor que o escreveu, procurando conhecer a finalidade que teve ao escrever e o gênero literário adotado para comunicar seu pensamento.

Ler e compreender a mensagem da Sagrada Escritura não é tão fácil assim. “Apesar da dificuldade e sendo esta a própria palavra de Deus, ela é, como ele, fonte de vida eterna e pode instruir e dar a herança a todos os que foram santificados. Por isso é preciso que o acessso às Escrituras seja amplamente aberto aos fiéis” (Salvador Carrillo Alday, Bíblia , o que é, Ed. Ave Maria).