Já é de costume muitos trabalhadores saírem de nossa região para buscar o sustento da família nos cortes de cana espalhados pelo Brasil. Muitos partem para o Mato Grosso do Sul outros para o interior de São Paulo. Trabalham entre quatro, seis e até nove meses nas usinas daquela região e depois retornam a convivência familiar, onde permanecem até o início de uma nova colheita.Diferente da partida, onde as mulheres e crianças dos homens do corte da cana vivem a angústia de um longo desencontro, a chegada é motivo de festa e alegria.
Normalmente chegam com um bom dinheiro que é utilizado para pagamento de dívidas, na compra de animais, casas e terrenos. Alguns são mais ousados e empregam o suado dinheiro na compra da sonhada motocicleta, que é utilizada no uso diário ou como forma de investimento. Outros partem para um sonho a dois e utilizam o que ganharam com os gastos do casório.
Independente do que ganharam ou de como irão investir o que conseguiram economizar, a maior alegria deles é voltar para casa e aproveitar o período da entre-safra junto aos familiares.
Parabéns a esses “herois da resistência”. Descrever o tão pesado trabalho que esses nossos conterrâneos executam para poder ganhar o pão e realizarem parte dos seus sonhos, estando tão distantes de suas famílias e da terra natal, é impossível para nós. Resta-nos reconhecermos que como “guerreiros da cana”, vocês são um grande orgulho para os demais filhos da querida terra de Santa Cruz.
