Sabemos que o nosso município tem uma economia dependente de atividades rurais, entre elas o cultivo da cana-de-açúcar, milho e feijão. A grande maioria dos agricultores é de pequeno porte devido ás limitações de suas propriedades. E por isso, muitos produtores, até certo tempo atrás, preservavam as terras de plantio, de um ano para o outro, objetivando sempre renovar, anualmente, o plantio de feijão carioquinha, que em nossas terras vermelhas, em tempos de chuvas, costuma dar em abundância.
Hoje, se observarmos com cuidado veremos que em muitos desses terrenos vem sendo trabalhado o plantio de outra cultura: a semeadura de pasto para o gado. Não é algo que tenha mudado totalmente a paisagem da serra brejeira, pois, conforme já comentamos, as pequenas propriedades são limitadas e os nossos produtores preferem trabalhar com plantios diversificados. Por isso, apenas parte das terras dessas propriedades tem sido direcionadas para o plantio de alimentação animal. Verificando os últimos números agropecuários do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, confirmamos um crescimento considerado na criação bovina do município. No censo agropecuário de 2006, Santa Cruz somava um total de 3.509 cabeças de gado. Em 2008 foi contabilizado um total de 5.200 cabeças. Um crescimento de 33% em apenas dois anos.
O aumento da pecuária bovina tem crescido bastante e deixado os produtores rurais locais satisfeitos. Antes, poucos tinham uma vaca de leite para o consumo da família. Com o crescimento da pecuária essa realidade tem mudado, pois além da satisfação na produção do leite para o próprio consumo, tem se verificado que os pequenos produtores podem contar com uma nova fonte de renda originada a partir da venda de animais gerados no rebanho.
