sexta-feira, 4 de abril de 2008

EXPLORANDO A CRATERA DA PANELA

Estudos realizados pelo astrônomo Pierson Barretto, em parceria com a Sociedade Astronômica do Recife, o Espaço Ciência, órgão de divulgação científica da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco, apontam que a Cratera da Panela foi formada pela queda de um meteoróide de aproximadamente 30 metros de diâmetro. O meteoróide foi batizado pelo astrônomo com o nome de Tupã e o seu choque com a superfície, á aproximadamente 10.000 anos atrás, se comparado com um asteróide de níquel de ferro de mesma proporção, pode ter provocado uma explosão capaz de destruir totalmente a região em cerca de 10km de diâmetro. O calor provocado pela onda de choque pode ter ainda destruição em vários graus, a vegetação da região, a uma distância de até 50km do local da explosão.

















TUPÃ - mini asteróide hipotético de níquel/ferro com 30m de diâmetro que formou a Cratera da Panela, e suas proporções comparativas a pessoas. “PIERSON BARRETTO”

O choque da explosão seria equivalente a 10MT - a maior bomba atômica existente, tem 100MT. O impacto, possivelmente, pode ter aberto uma cratera com 130m de profundidade, e causado um terremoto de magnitude 6.2 - o maior terremoto já registrado foi de magnitude 9,5.
O evento que gerou a Cratera da Panela, se recente, pode ter sido presenciado, ou até registrado por índios pré-históricos.
















Mapa do Nordeste brasileiro, representando a distância da possível visualização da entrada do esteróide na atmostera. O primeiro círculo, menor, representa a área de destruição total, 10km. O segundo círculo a 180 km do impacto, representa a área de possível efeito da queda. O terceiro a 360 km e o quarto a 650 km, representam os limites de visualização da queda. “PIERSON BARRETTO”

Hoje, a cratera da panela representa um dos principais pontos turísticos do nosso município e está sendo divulgada no roteiro turístico da “Rota do Cangaço” – Projeto turístico apoiado pelo SEBRAE que percorrerá os 217 km que unem os municípios de São José do Egito, Afogados da Ingazeira, Triunfo, Santa Cruz da Baixa Verde, Serra Talhada e São José do Belmonte.
Temos que reconhecer a precariedade do acesso a Cratera da Panela (estrada de terra batida e trilhas). Mas o acesso, ao se tornar difícil, termina sendo uma atração para quem gosta de percorrer trilhas e vislumbrar-se com uma das mais belas paisagens do sertão do Pajeú.