Não é de admirar dizer que o número de motos que circula em nosso município é cinco vezes maior que o número de automóveis de passeio. Segundo dados colhidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, em 2007, Santa Cruz tinha 1.086 motocicletas e 206 automóveis de passeio. A resposta para tão grande frota desse tipo de veículos é devido ao seu baixo custo de aquisição em comparação com um automóvel comum, a economia de combustível que pode chegar a 40 km/litro, e a praticidade de utilizá-lo tanto na zona urbana como rural. Até mesmo quem não possui o veículo já dá preferência pela condução.
O novo meio de transporte emprega cerca de 40 motoqueiros, em nossa cidade, que prestam serviços de táxi em suas motos e os quais são denominados de mototaxistas.
Os principais usuários do transporte alternativo são os moradores da zona rural que, de uns tempos para cá, abandonaram as viagens a cavalo e agora buscam percorrer seus trajetos nas garupas das motocicletas.
É comum encontrarmos muitas senhoras equilibrando-se no carona das motos como se fossem jovens em busca de desafios. Apesar do desconforto e da pouca segurança que esse tipo de transporte parece oferecer, os mototaxistas são muito cuidadosos com as pessoas que conduzem ao ponto de nada sabermos sobre qualquer tipo de acidente provocado em suas rotinas de trabalho. O valor da corrida depende da distância a ser percorrida. Em zona urbana a corrida custa R$ 1,00 e para a zona rural não sai por menos de R$ 1,50 por cada quilômetro percorrido. Cada mototaxista ganha em média por dia cerca de R$ 15,00.
Com a nova mania já não é mais tão comum, nos dias de feira, encontrarmos os muitos animais, que servem de transporte, amarrados nas cercas de arame farpado que isolam propriedades localizadas nas principais vias de acesso a cidade. Os tempos mudam e com ele os usos e costumes do nosso povo.
