Em tempos de vacas gordas os agricultores de Santa Cruz da Baixa Verde já fazem a colheita do feijão semeado no início do inverno. Neste período, alguns se utilizam da alta temperatura dos calçamentos das ruas da cidade e espalham o feijão maduro pelas frentes de suas casas, objetivando uma secagem mais rápida.Atentos a prováveis garoas que possam vir atrapalhar a secagem ou a alguma trela de menino "malino" que queira utilizar as vargens espalhadas como tapete para brincadeiras, alguns ficam de guarda, revirando o legume e prontos para guardar a colheita, caso o tempo ameace chover.
Após a secagem, bata e limpeza dos grãos, parte da colheita é vendida para a compra de outros gêneros alimentícios ou para o pagamento de contas em atraso. A outra parte é guardada em silos para o consumo e plantio.
E assim caminha nossa Santa Cruz... Ora “Terra da Rapadura”, ora “Terra do Feijão”. Mesmo não batendo mais os "recordes" de colheitas vistas nos anos oitenta e noventa, onde comerciantes de todo o Nordeste faziam filas com seus caminhões para compra do nosso feijão, essa é a nossa Santa Cruz de sempre!
